terça-feira, 29 de maio de 2012

Dependente mental: O mundo da tecnologia.

   E então após um estressante dia de trabalho, onde você passou boa parte das suas horas diárias realizando tarefas chatas no computador velho e amarelado da empresa em que trabalha, nada mais justo do que chegar em sua tão confortável casa e sintonizar a TV naquele canal de filmes surpreendentemente programado para te entreter por mais alguns minutos antes que o seu cérebro te obrigue a cair no sono.
   É claro que, pouco tempo depois, o seu celular touch-screen com GPS e acesso a internet começou a apitar, alertando por meio de seu visor colorido que uma reunião de última hora foi agendada e que sua presença parecia ser indispensável. Como pedido na mensagem, você pegou o seu pendrive e as chaves do carro, dirigindo de volta até a empresa, onde as portas automáticas fariam o favor de poupar o seu trabalho de girar uma maçaneta.

   Onde está o erro na narrativa acima?
   Até que ponto a tecnologia é indispensável, falando em termos populares? 

   Mais do que apenas um grande conjunto de entretenimento, as novidades lançadas pelo mercado têm se mostrado verdadeiros meios de sobrevivência na vida de milhares de pessoas. Como um grande vírus, hoje o uso de aparelhos eletrônicos como o laptop ou mesmo o celular se tornou definitivamente indispensável. 
   Assim como os novos itens usados pela medicina, a criação do Wikipédia têm salvo a vida de milhares de estudantes apressados e os demais tipos de curiosos. E nisto também podemos incluir o Google, o yahoo! e o Bing, que apresentam em seus mecanismos de pesquisa infinitas formas de conhecimento e diversão já existentes no mundo digital. 
   O problema começa quando o homem se esquece de que o mundo já existia antes da tecnologia, fazendo com que sua felicidade dependa exclusivamente da influência digital em sua vida. Quando isso acontece, as barreiras entre o que é normal e o que é cansativo começam a se desfragmentar.
   Mas, afinal, até onde podemos ir quando se trata de tecnologia?
   Infelizmente, a sociedade vêm se revelando cada vez mais alienada. Assim como hoje o acesso à internet é considerado um direto humano, amanhã pode ser que um Ipod no bolso seja visto essencial para uma vida saudável e energética. 
   Afinal, considerando todas as mudanças ocorridas até agora, podemos dizer que o mundo evoluiu bastante quando falamos em tecnologia. Em pouco tempo, dezenas de países foram interligados por nada mais, nada menos, que máquinas estranhas com a incrível habilidade de se conectar à um novo meio de comunicação, e pequenos aparelhos que pareciam fazer magia ao se comunicar com outro de "mesma espécie".
   Não sabemos ao certo como a humanidade estará daqui a cinquenta anos, mas podemos afirmar que mascotes metálicos e hologramas projetados no meio do Central Park provavelmente serão os novos xodós da garotada, da mesma forma que os mp3 e as câmeras de vídeo ganharam espaço alguns anos atrás.
   Até lá, rezemos para que os pássaros e as árvores não sejam substituídos por pedaços sem vida de plásticos coloridos, ou que os ebooks se achem tão importantes quanto os livros impressos.

- Jorge Castro

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vai com Deus, dúvida!


   Ao passar de cada dia, podemos notar que muitos dos conflitos e discussões presentes na sociedade atual se ligam não só a uma duvida, mas às diversas possibilidades que uma vida científica e uma vida religiosa podem lhe proporcionar. Com tantas afirmações, teorias e religiões, decidir entre um caminho de fé e outro de planejamentos se torna algo difícil para qualquer pessoa. 
   Aquele que procura explicações religiosas, atualmente, acaba conhecendo um universo medonho de guerras, onde ninguém tem a razão, mas ambos os lados querem estar corretos. 
   Para a maioria dos ateus, os religiosos não passam de alienados fanáticos por um grande nada, que buscam em um espírito inexistente a paz e o conforto que não conseguem ter em seu dia a dia. Ou seja, um válvula de escape do cérebro para que o mundo não se torne aquele lugar tão deprimente que aparenta ser. Já para alguns religiosos, os descrentes têm medo de acreditar que suas ações estariam sempre sendo julgadas por alguém mais poderoso que eles e qualquer um que venham a conhecer.
   Não fosse o suficiente, o indivíduo buscador de respostas ainda teria de enfrentar uma nova linha de combate após passar pelo clássico "crente versus ateu", e isso viria a ser resultado do modo como os cristãos veem o mundo de acordo com a bíblia. 
   Agora é que realmente veríamos um doloroso jogo mental, onde teríamos um ser-humano perdido entre a palavra bíblica e a interpretação da mesma. Por exemplo, seguir o espiritismo seria um pecado ou não, visto que o mesmo afirma um retorno à este mundo, ao contrário do que diz o livro sagrado? E a wicca? por acaso o uso de magia em nosso cotidiano estava nos planos de Deus para seus filhos?
   O fato é que ninguém nunca estará completamente certo. Enquanto os crentes passam uma vestimenta alienada aos olhos científicos, os ateus parecem gostar de provocar os religiosos o tempo todo. E, enquanto pastores e padres do mundo todo compartilham a voz do senhor, continuam desmerecendo o que não lhes convém, como se o livre-arbítrio não estivesse seguro em nossas mãos.
   Quando se trata de religião (ou a falta dela) não existem opções corretas, apenas as erradas e as absurdas, mas que sempre acabam fazendo sentido para cada um de nós no final das contas.

- Jorge Castro
   
 
   

 
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