segunda-feira, 26 de agosto de 2013

What Happened Sweet Hannah Bear ?

   
    Falemos de VMA...Mas não, eu não vou falar de como o VMA é comercial a ponto do pop e do hip hop comandarem quase que completamente o evento e (mas sejamos justos , são estilos musicais que tem como características clipes bem arrojados e coisas do gênero...E levando em conta ser um VIDEO Music Awards...) também não quero falar da entrada de ninguém pelo tapete vermelho. Não quero falar que a Lady Gaga não inventou nada demais esse ano (também...qualquer coisa que ela fizesse seria considerada simples).
    Meu objetivo aqui é falar do mais novo urso Ted da cultura pop (não, não é o Teddy Bear da letra de Elvis) é na verdade, nada mais nada menos do que a versão real do urso do filme. Lembra? Aquele bichinho fofinho e engraçadinho que cantava “Fuck You Thunder”? Mas que nas horas vagas fumava, cheirava e entre outras coisas mais... Pois é, a versão real e feminina do urso de pelúcia assombrou o VMA desse ano. Porém com outro nome, Miley Cyrus. Eu tenho várias teorias para o ocorrido, vamos começar:
       1) Miley observou os artistas antigos da Disney (High School Musical, por exemplo) e viu o que o destino guardava pra ela. Algumas musiquinhas bonitinhas e, logo após, o esquecimento completo. Sendo assim, resolveu soltar a franga e se vestir de urso prostituto.
       2) O pai queria que ela seguisse carreira para o mundo country e ela resolveu se rebelar com estilo (ou sem).
       3) Ela estava cansada de ser uma cantora da Disney e ser sempre uma das poucas a ser lembrada, então resolveu tentar fazer algo tão memorável quanto as apresentações de Lady Gaga, Madonna ou Britney Spears (fail).
       4) Tava cansada das crianças chamarem ela de Hannah Montanna na rua.
    Eu não tenho nada contra a Miley, sério mesmo. Até assistia e gostava de Hannah Montana quando era pequena. E entendo que ficar presa a isso deve ser realmente frustrante pra uma celebridade. Minha opinião aqui esta se baseando apenas na apresentação do VMA e não na vida dela. Esta se baseando em o que infernos era aquele colant de ursinho? Eu não sei os plebeus, mas pela reação dos famosos eles estavam se sentindo num stripp club (destaque pra cara de choque da Rihanna)... Eu acho que nos 6 minutos que durou a apresentação dela, ela não passou 30 segundos sem fazer um gesto obsceno que fosse (destaque quase que berrante para a cena de “sexo” com o Robin Thicke). Quando ela tira o tal colant, por alguns segundos eu tive a impressão de que ela estava realmente nua. E ai veio o choque, ela consegue barrar o nível de bizarrice da roupa de ursinho!!! Mas, olhando pelo lado musical, eu devo ter contado a voz dela falhando pelo menos umas 3 vezes.
    Onde eu quero chegar? Não importa se a Miley deu a louca e não importa por quais motivos (vai ver ela pesquisou sobre o Brasil e achou o Show das Poderosas e o Quadradinho de Oito/Borboleta e pensou que era a moda do momento) estou falando nesse assunto porque foi uma apresentação que me chocou. Até alguns anos atrás os fãs dessa garota se resumiam a crianças e adolescentes em fase de construção de caráter. O que uma criança que vê um episodio como esse de uma atriz que até um tempo atrás ela considerava como ídola pensa? “Mamãe, porque a Hannah ta passando o dedo na calcinha?” Não me leve a mal, não estou dizendo que ela é proibida de crescer (??) como cantora ou coisa assim, meu ponto aqui é: desde quando sinais obscenos e coisas do gênero se tornaram mais importantes que música? (porque o que teve de gente que gritou quando ela abaixou na frente do Robin...) Até quem é fã tem que concordar, aquela mulher não cantou, fez um show de stripptease.
    E isso se estende ao Brasil, Show das Poderosas, Quadradinho de Oito/Borboleta, e por ai vai... Vejo crianças pequenas dançando essas coisas e achando legal, meninos, meninas, não importa. Vi uma criança de 6 anos de idade dançando Show das Poderosas. O problema? Construção de caráter, que tal? Alem disso, uma menina que cresce achando que tem que ter um corpo como aquele pra ser bonita vai fazer cirurgia plástica cedo. Ou ser infeliz consigo mesma. E pra convence-la de que é bonita do jeito que é? Como, se a cantora preferida dela dança com um decote bizarro e um short que vai até o útero? Muitas mães acham a representação dos seus filhos desses shows engraçadinhas e bonitinhas... Mas isso é uma questão de valores da sociedade e não vou discutir isso.

    Eu posso estar completamente errada, você pode achar que a apresentação da Miley foi a melhor do ano. Eu não, eu senti um pouco de pena. A cada careta que a Miley fazia, me parecia que ela queria chamar a atenção. A atenção que ela queria desde Hannah Montana quando cantava “Pictures and autographs you get your face in all the magazines the best part is that you get to be who ever you wanna be”(fotos e autógrafos, você tem seu rosto em todas as revistas e a melhor parte é que você pode ser quem você quiser)  (letra de Best Of Both Worlds).

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resenha: Lost. - Contém spoilers


Um dos seriados mais conhecidos, certamente, merece alguma atenção em todo e qualquer canto do planeta. E não é para menos, afinal, esta história é famosa simplesmente pelo fato de merecer esta fama. Vocês podem pensar que minha crítica não valerá de muita coisa, que eu me apaixonei pelo seriado, e estão completamente corretos. Existem diversas séries pelo mundo afora fazendo um sucesso absurdo que, sinceramente, não mereciam tanto assim. É claro que ambas são divertidas de se ver, mas não passam mensagem alguma para os seus expectadores. Nada que se possa levar adiante e carregar por toda a vida, e é exatamente por este motivo que "Lost" será o tema de minha primeira resenha.


Comecemos, então, pelo começo. A história se inicia quando um avião têm seu voo impedido no meio da trajetória e acaba caindo em uma ilha nada normal. Até aí não é segredo para ninguém. Mesmo aqueles que dizem odiar Lost sabem como começa o seriado.
Em poucas horas Jack desperta e descobre estar nesta ilha, tão confuso quanto todos os outros sobreviventes que continuariam a participar desta história. Juntos, eles decidem montar um simples acampamento e aguardar até que o resgate chegue, porque uma hora alguém perceberia que o avião não pousou em seu destino, correto? Errado! Jack logo descobre que o piloto não estava seguindo corretamente as ordens de seus superiores, e o avião estava a horas de distância do caminho correto pelo qual deveriam estar seguindo.
Dada a surpresa, os sobreviventes começam a ficar agitados com o fato de poderem ficar presos naquele lugar para sempre. A situação não melhora quando Kate, Sawyer e alguns outros sobreviventes descobrem uma mensagem vinda de algum lugar da ilha, e que estaria sendo transmitida por alguém daquele lugar há, pelo menos, dezesseis anos. Com a ajuda de Shannon, uma jovem moça que foi parar na ilha junto a seu irmão, eles descobriram que havia uma francesa vivendo por lá e que algo havia matado toda a sua equipe. Desde então, estava claro para os passageiros da Oceanic 315 que a situação não estava a seu favor.
Mas nem tudo era tristeza no lugar. Os episódios logo nos apresentam John Locke, um senhor de idade que, desde seu primeiro aparecimento, preencheu suas horas na ilha com confiança e fé, e não tarda muito até descobrirmos que um milagre o atingiu assim que aquele avião caiu. Locke, em seus flashbacks, nos revela ser paralítico da cintura para baixo, tendo, por todos esses anos, reprimido o desejo de sair em uma caminhada espiritual para seu tão louvado ritual de passagem. Porém, as coisas mudam para ele e, por obra de algum milagre, o movimento de suas pernas retorna assim que ele desperta em meio a areia branca da praia. Será Locke quem nos mostrará grande parte dos mistérios que rondam a ilha.
Os dias passam e as coisas não melhoram para os sobreviventes. Claire Littleton, uma garota loira que chegou grávida na ilha, desaparece junto a Charlie, um ex-baixista de uma banda famosa que sentiu-se atraído pela moça logo no primeiro instante. Para surpresa de Jack, Hurley, um vencedor de loteria que jura ser amaldiçoado pelos números em que apostou, consegue a lista dos passageiros e prova que alguém daquele grupo não estava no avião. É exatamente aí que a nossa história se inicia.
Jack, Kate, Locke e Boone (irmão de criação de Shannon) saem em missão de resgate, separando-se em duas duplas no meio do caminho. Seguindo ao lado de Jack, Kate se assusta ao encontrar Charlie pendurado por alguns cipós a metros de distância do chão. Graças a insistência médica de Jack, o ex-baixista por pouco não perde a vida. E então começa a dúvida que ronda o seriado por alguns episódios: Onde está Claire? Quem a levou?
Enquanto isso, Locke e Boone encontram mais do que procuravam. Em meio a sua busca algo lhes chama a atenção. Disfarçado com folhas e demais coisas naturais da ilha, a dupla se vê diante de uma escotilha aparentemente impenetrável. Mais tardar, Locke conseguiria abrir o lugar, para desespero de Hurley, que notou os números que havia apostado na loteria impressos na porta da escotilha. Mas Boone não viveria tanto tempo para poder conhecer Desmond, o homem que vivia em quarentena com uma missão nada comum.
Alguns dias se passam e Claire finalmente retorna, embora sem memória, para desespero de Charlie e dos outros. Não demora muito até que a moça finalmente dê a luz ao seu bebê, com a ajuda de Kate, e se lembre de seus amigos do avião. É então que é revelado aquilo que todos eles já sabiam: Os sobreviventes da queda do avião não estavam sozinhos na ilha, haviam outros os observando. 
Os episódios passam e os outros finalmente entram na história com tudo o que se têm direito. Inicia-se uma espécie de guerra entre os sobreviventes e os nativos, envolvendo revelações surpreendentes e traições de ambos os lados. E é nisso que se baseia grande parte das quatro primeiras temporadas, e também alguns episódios da quinta. Mas não pense que isso faz o seriado se tornar monótono, pois os segredos são revelados de modo calmo e surpreendente, e haverão vezes em que você terá de pensar se odeia ou se torce para os outros. Além do mais, o roteiro não deixa de lado os mistérios daquela ilha, que continuam dando sinal de existência em praticamente todos os episódios.
Muitas coisas acontecem e os sobreviventes logo se vêem obrigados a se unir ao que restou dos outros para deter um inimigo em comum que surge logo no início da última temporada. Ambos os lados sofrem perdas dolorosas e sabem que o sofrimento mal começou. É então, rumo aos últimos episódios dessa fantástica história, revelado o motivo pelo qual os sobreviventes ainda estariam naquele lugar, e como deveriam fazer para impedir que a ilha fosse destruída e que o mal que ela guarda se espalhasse por todo o planeta.
Até então, a destruição tomava conta da ilha e ameaçava, com isto, matar todos os que ainda estavam por lá. Os últimos sobreviventes se vêem na necessidade de impedir com que o mal se libertasse, e um deles finalmente assume o cargo que deveria para proteger todo aquele lugar.
É chegado o momento do último episódio, que traz uma reviravolta emocionante junto aos últimos acontecimentos dos sobreviventes naquela ilha. Um grande segredo é revelado e nos vemos, por mais de uma vez, sem saber o que sentir pelos personagens. Com a conclusão dos mistérios da ilha, grandes lições podem ser vistas nas explicações dadas pelos seriados, que faz questão de enfatizar a importância que têm o destino de cada um, e como pode ser perigoso fugir do mesmo. 
O grande seriado chega, então, ao seu fim, deixando saudades de seus cativantes personagens. Quem decidir assistir a Lost, não perderá seu tempo. É uma história incrível.

- Jorge Castro

domingo, 21 de outubro de 2012

Homo Sapiens e o mundo da ignorância.

"O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele. Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido. (...) Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco." - Estas palavras foram ditas pelo bispo Edir Macedo para a seção de comportamento do site da Igreja Universal, em um artigo cujo tema era "Relacionamentos e as diferenças". 

   O mundo em que vivemos. Um lugar lindo onde o caráter é definido pela cor, e a inteligência é definida pela posição religiosa dos seres que aqui residem. Aqui, os ricos têm mais direitos, professores não possuem importância alguma e jogadores de futebol merecem ganhar tanto quanto os médicos, que salvam vidas o tempo inteiro. Aqui, um homem romântico é gay, um pintor é um fracassado e aquele que não se conformar com os métodos do estado é apenas mais um encrenqueiro. Aqui, não existe amizade entre homem e mulher sem algo mais escondido, não existe amor pela natureza e/ou animais, e não existe opinião própria e, sobretudo, não existe sinceridade sem um jogo de interesses.
   Podemos nos mudar para a China, Inglaterra, Alemanha, ou qualquer outro lugar que lhe vier na cabeça, mas não conseguirá ficar longe do grande absurdo que chamamos de sociedade moderna. É ela quem decide o que você é, o que você vê, e o que tem o direito de sentir. Não a conhece? Procure nos comentários do facebook por aqueles ateus-modinhas discutindo com os falsos-religiosos. Ambos se encontram como grandes representantes deste gigantesco grupo que domina o mundo atual.
   E assim se passam os dias. Pagãos cultuam o demônio, roqueiros vão para o inferno e Justin Bieber é a nova sensação do momento. Não gosta de Justin Bieber? Segundo o enorme livro de regras da sociedade, isto quer dizer que você sente extrema inveja do mesmo e que, certamente, nunca atrairá um número tão grande de fãs e por isso o odeia. (Isso por que eu ainda não falei sobre o Neymar, mas deixemos o mesmo de lado).
   Há alguns meses comecei a escrever este post, mas por alguns motivos eu nunca o terminava. Havia me esquecido de sua existência, até que eu leio em uma página do Facebook chamada "Direitos dos Animais", as falas de um certo padre que, sem hesitar, mostrou sua ideia surpreendentemente inteligente para o resto do mundo dizendo o seguinte:
"Qualquer cão, por mais engraçadinho que seja, será sempre inferior à pessoa humana, simplesmente porque o ser humano é feito a imagem e semelhança de Deus. Jesus veio ao mundo não por causa de um cachorro, por melhor que esse cachorro seja, mas sim por causa do ser humano, por pior que este ser humano seja" - Disse Padre Gil Heleno, completando seu texto com a seguinte frase. - "Então, vamos combinar: bicho é bicho e gente é gente!"
   Não posso expressar em palavras o tamanho do luto que eu sinto pela morte da consciência alheia. Peguem suas armas, pois os animais não são tão importantes quanto nós, logo, matá-los não fará diferença alguma. Ou será que a não existência deles desencadearia um desequilíbrio catastrófico na natureza? 
   Sem querer entrar no quesito da religião, mas já entrando, o que se passa na cabeça de uma pessoa que acha que Deus dá preferência aos seres humanos? O que se passa na cabeça de alguém que segue às riscas as regras deturpadas de um livro que, muito provavelmente, foi alterado ao longo dos séculos? ( E com isso eu não quero dizer que Deus não exista, mas sim que talvez o que chegue às nossas mãos não seja realmente aquilo que ele quis nos ensinar).
   Talvez o erro tenha ocorrido em algum momento na evolução. Talvez algum dia, enquanto os anfíbios dominavam o ambiente terrestre, um gigantesco ovni tenha rodeado o planeta liberando um "gás idiótico" por onde passava. É claro que nem todos foram atingidos - e são esses poucos sobreviventes mentais que me fazem acreditar no futuro da humanidade -, mas foi o suficiente para colocar a inteligência do planeta em sério perigo.
   Agora, sou eu a fazer a pergunta: Teremos, com tanta hipocrisia rodeando nossas ruas, um futuro digno? Aliás, o que seria um futuro digno para os homens, consideramos o que já vemos nos dias de hoje? Este planeta tem alguma esperança? 

- Jorge Castro
   
   

domingo, 12 de agosto de 2012

Qual é a nossa cara?

    Acabaram as Olimpíadas de Londres, e o que se pode dizer desse evento? Londres não teve só jogos olímpicos, a olimpíada que realizou ultrapassou completamente o quesito esporte e atingiu o quesito show.  Quem viu a abertura e o encerramento dos jogos sabe exatamente do que estou falando. Agora fica a missão para o comitê brasileiro, dá pra fazer melhor?
    Londres foi além do esperado em uma olimpíada, teve estádios de tirar o fôlego, Wembley, por exemplo; teve finais eletrizantes, Brasil e Rússia no vôlei; e acima de tudo, teve abertura e encerramento que não pouparam gigantes. Inglaterra tem estrutura para desenvolver um evento do porte das olimpíadas, isso não é novidade pra ninguém. A nação inglesa tem cultura musical e literária que ultrapassa gerações, também não é novidade. Mas agora, unir tudo isso em uma abertura que foi de Paul McCartney até Harry Potter, isso sim é novidade. A cidade sede era Londres, mas a abertura e o encerramento englobaram a historia inglesa. Fomos de Mr. Bean até o holograma de John Lennon, passando a junção improvável de Brian May  e Jessie J., a rainha pulando de helicóptero com James Bond, o holograma de Freedie Mercury e fechando com o The Who. E como disse a repórter da Record... a missão brasileira agora é fazer melhor. Será que dá?
    Londres usou sua cultura para fazer um espetáculo único, e o Brasil? O que tem para apresentar? A cidade sede é o Rio, mas a historia a ser contada deveria ser a do país. Qual a cultura brasileira que temos para abrir as olimpíadas? Samba? Calçada de Ipanema? Então agora o Brasil se resume a garis sambando e garotas seminuas?  Deixamos toda a cultura que fez diferença se apagar aos poucos, o samba é sim parte importante da cultura brasileira, mas não é a única parte. Muitos de nos crescem sem tomar conhecimento de movimentos como a tropicália, crescem sem saber que os brasileiros do passado fizeram uma passeata a favor da guitarra elétrica.  Nossa cultura vai além de bundas e batuques.
     Não podemos caracterizar e dizer que o samba é a música do país. A bossa nova, tropicália e muitos outros ritmos estão por ai, e fazem mais fãs a cada dia. O Brasil não tem UMA música que o defina, o Brasil tem AS músicas que o definem. Aonde eu quero chegar é que somos todos focados a um tipo de cultura que entendemos como sendo a brasileira, mas somos diferentes dos ingleses, o Brasil é um país eclético, não tem uma cultura que o defina. Cada parte do Brasil tem a sua música, a sua literatura e o seu jeito de ser.  O Brasil é tachado de país do samba, futebol e praia. Pergunte aos moradores de Olinda se eles preferem sambar ou dançar frevo. Pergunte as meninas da seleção de vôlei se elas moram no país do futebol. Pergunte aos curitibanos se eles vão muito à praia.
      Eu tenho uma pequena ideia do que será o nosso espetáculo de abertura das olimpíadas. Imagine um palco completamente escuro. De repente, bem no centro, uma luz se acende, todos os olhos se voltam para essa direção, e lá no meio, cercada de crianças esta a Xuxa... Ela recita algum poema de algum nome da literatura brasileira. Depois uma música começa e as crianças saem correndo numa alegria sem fim, fazendo algum tipo de coreografia. Um tempo depois, a Xuxa sai e alguns dos grandes repórteres da TV Globo aparecem e falam um pouco sobre o evento, sobre como é importante a integração entre o países, e como ninguém vai ser assaltado durante a sua estadia aqui. Um pouco mais a frente, Roberto Carlos vai cantar seus sucessos de 40 anos atrás, Ivete Sangalo vai cantar também (já que ela foi para o Rock in Rio, olimpíadas não é um grande passo não é?). Aposto que sobre até um espacinho pra Regina Casé falar de como o povão do Brasil é maravilhoso. Pelé vai aparecer por lá também, Michel Teló, Claudia Leite... E é claro, o ponto alto da noite, uma homenagem as escolas de samba do Brasil com direito a desfile e cantoria de meia hora. Se Jota Quest e Capital inicial forem chamados eu já considero demais. Sem esquecer toda a tecnologia que se espera que o Brasil use não é? Vão trazer um holograma de quem? Será que se lembram de Renato Russo?Cazuza?  Vão atirar o Didi de um canhão igual Londres fez com aquele comediante?
   Sinceramente, eu já estou preparada para ver as mesmas caras que eu vejo na TV Globo todos os dias para se apresentar na abertura das nossas olimpíadas. Já aceitei o fato de ver as mesmas atrações musicas que passam no Criança Esperança. Já é de se esperar que nomes grandes do Brasil sejam jogados de lado, como Rita Lee, por exemplo. O que nos resta é esperar o “espetáculo” do Brasil, vamos esperar pra ver o que é a nossa cultura, ou melhor, o que a mídia considera ser a nossa cultura. Vamos apenas torcer para que não façamos papel de bobos na frente do mundo inteiro. Para que não pareçamos um bando de sambistas seminus que mal conhecem sua própria historia. Mas acho que antes de esperar uma boa abertura, temos que primeiro ter um lugar para realiza-la, e antes mesmo disso, temos que dar valor a nossos atletas antes de querer algum ouro deles. Se fosse possível responder a pergunta de Cazuza e dar uma cara ao Brasil, eu diria que é o tipo de país que só tenta correr atrás do prejuízo depois que a bola de neve já cresceu demais.

-Carol Canelas 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Verdades Absolutas

imagem por Michael Berry


     Suas opiniões, suas ideias, você. É o que te define, é o que te faz ser humano pensante. Análises, debates, trocas de argumentos. A síntese de tudo isso, é você. Mas pra continuar sendo você por inteiro, outros seres humanos, pensantes ou não, precisam aprender que a Verdade, é um conceito relativo. E que certo e errado são ditados pela nossa Sociedade, pela nossa cultura. E culturas existem aos montes. Todas diferentes, com valores e crenças que não são iguais às outras.
     E por acaso, essas culturas, que diferem da sua, estão erradas? Se você acha que sim, me diga, por que elas estão erradas? E se elas estão, o que faz da sua, ser certa? Com tantas religiões espalhadas por aí, afirmando que a salvação só é obtida atraves delas, que são as únicas corretas, você já parou para pensar no que é a verdade? No que é possível? No que leva cada pessoa a crer em algo? Se há tanta gente vivendo sob circustâncias diferentes, sob verdades diferentes, não é normal pensar que toda verdade é relativa? Seja na religião, na criação dos filhos, no modo de agir perante os outros. Mas se toda verdade é relativa, o que determina o que somos e o que fazemos de certo e errado?
     O ser humano precisa de valores. Precisa crêr em algo, que o faça agir da forma que haja. Precisa determinar o certo, precisa limitar suas ações de acordo com o que acredita. O problema todo começa quando essa crença se torna, na mente de seus adeptos, forte demais, superior demais. E começa a ser tratada como a verdade absoluta que nos traz tantos problemas. Quando alguém acha que está plenamente certo, e que todos os outros estão errados, esse alguém irá tentar convencer todos de que eles estão vivendo no erro, de que não devem seguir isso, não devem acreditar no que acreditam, de que não podem ser assim porque não é bom, de acordo com essa "verdade". E então, a tão amada liberdade, de pensar, de se expressar, de Ser, fica ali, oprimida, presa à conceitos relativos.
     Parar para refletir não mata. Analisar o mundo e seus componentes, respeitar opiniões alheias, não faz mal a ninguém. Se você tem sua forma de encarar a vida, sua maneira de pensar, é sua obrigação perceber que o que você acredita não é válido pra todos. Que há casos e casos, que cada um vive de acordo com o que adquiriu ao longo dos anos, com o que foi aprendido a partir de observações, de vivências e também de tradições.
     O respeito é necessário para que a paz entre seres humanos exista. A reflexão é necessária para que haja um conflito dentro de si mesmo, trazendo, desse conflito, novas formas de pensar, novas ideias, novas percepções. Nossa história é vasta, nossa filosofia, ampla, nossa forma de viver, questionável. E verdades absolutas não existem. O que existe, é a verdade de cada um. Que deve ser tratada com o respeito que merece, mesmo que seja completamente diferente da sua.


                                                                                         Ana Karolina Novaes

sábado, 7 de julho de 2012

Missão: Daryl para Atlanta!

   Planejando criar para o ano que vem um novo jogo do The Walking Dead em parceria com a desenvolvedora Terminal Reality, a Activision (produtora também de Call of Duty) aposta tudo em cima de Daryl e Merle Dixon, ambos personagens do famoso seriado de zumbis. 
   Segundo a Activision, a história girará em torno de todo o caminho percorrido pelos irmão antes de eles chegarem a Atlanta. Dentre as opções dadas ao jogador, uma delas será optar entre lutar ou se esconder, o que pode deixar o jogo ainda mais realista.
   "Nenhum lugar é realmente seguro para Daryl, durante sua viagem até a área rural de Georgia neste recém mundo pós-apocalíptico. " - Descreve a Activision. - "Uma assustadora e implacável missão, cujo objetivo é chegar na supostamente segura cidade de Atlanta."
   Como já esperado de um jogo deste tamanho, a realidade estará também com presença marcante no jogo. Os jogadores terão de sobreviver com pouca comida e munição limitada durante a sua jornada. Ao longo do caminho ainda poderão ser encontrados outros sobreviventes, alguns úteis à história e outros que simplesmente vieram para ameaçar a sobrevivência dos irmãos, e será responsabilidade do jogador escolher quais deles poderão ficar do seu lado na história e quais deles são simplesmente descartáveis. 
   Abaixo, um vídeo divulgado junto com a notícia. Aqui, você pode encontrar o site oficial do jogo para mais informações. 


domingo, 17 de junho de 2012

Facebook de Rosto e Tudo

  Semana passada foi dia dos namorados, e é nesse dia em que os encalhados desesperados, os encalhados indiferentes e os casais "União", dignos de causar diabetes em qualquer um, aparecem nas suas redes sociais. Não só nas redes sociais, fazem questão de olhar para você no colégio e soltar aquela ilustre frase (que eu perdi a conta de quantas vezes ouvi na semana passada) "não passo o dia da árvore com uma árvore, não passo o dia de finados com um defunto, não preciso de namorado(a) no dia dos namorados" Sim, e você não precisa querer aparecer por isso.
   Aonde eu quero chegar com a critica ao dia dos namorados? Ao fato de que as redes sociais, a tecnologia, esses meios de comunicação simples e rápidos fizeram com que as pessoas digitalizassem o sofrimento. A começar por aquela velha choradeira de menina "preciso de um namorado", passando por "ele terminou comigo" e chegando a níveis extremos como "vou me matar hoje". As pessoas sofrem, é natural, mas digitalizar seu sofrimento dá a impressão de que se esta buscando seus 5 minutos de fama. Ou, o que ocorre a maioria das vezes, que a intenção é de que o responsável pelo sofrimento causado veja. Afinal de contas, do que vale ficar chateado com alguém se a pessoa não sabe? Sou a favor de mandar uma nova descrição para o Facebook ao nosso amigo Mark Zuckerberg "O Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus amigos e àqueles para quais querem mandar indiretas mas não o fazem ao vivo".
    Eu entro no Facebook e tudo o que vejo são mudanças de status sobre depressão, frases de Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu, posts de "Boa noite Face ;*"...(será que o dito cujo já pensou em dar boa noite aos pais ao invés de fazer isso com 200 pessoas com as quais ele nem fala?). As pessoas confundem liberdade de expressão com informação em massa, opinião com hipocrisia (na verdade, todo mundo é hipócrita), tristeza com depressão, (depressão ta tão comum ultimamente). Certas coisas tem que ser distinguidas.
   Atualmente todo mundo corre atrás de um pouquinho de atenção, com as redes sociais ficou fácil. Mas ao que me parece, a grande maioria dos carentes de atenção são crianças ainda. Me corrija se eu estiver errada, você provavelmente tem algum amigo mais novo no Facebook, algo do tipo...12 anos. E esse amigo posta coisas sobre como a vida é difícil, como relacionamentos são complicados, sobre como ele desistiu de correr atras... Caro leitor, respire, conte até 10, largue a arma...A CRIATURA TEM 12 ANOS!!! Com 12 anos eu jogava futebol, brincava de boneca, a vida era difícil quando eu perdia o Yoshi no Mario World, meu relacionamento complicado era com a internet banda larga e eu desistia de correr atras do meu cachorro.
   Mas pelo fato de serem crianças, é provável que daqui a alguns anos eles lembrem disso e fiquem com vergonha de si mesmos. O pior são as pessoas mais velhas que não enxergam o quanto a foto sem camisa na frente do espelho (no caso dos meninos), as frases de superação e depressão, as indiretas que são quase chineladas e as fotos com poses e biquinhos (no caso das meninas -que postam com o intuito de ter comentários do tipo "tá linds miga ;D"-) serem motivo de risos para aqueles mais discretos.
   O fato é, a dor é de cada um, o sofrimento é de cada um, mas se você quer ser levado a sério tenha um pouco de bom senso e saiba como sofrer. Seus amigos não precisam da internet para saberem que algo esta errado, no geral um telefonema basta. Ninguém precisa gritar pro mundo que não tem um namorado, que terminou ontem ou que a vida não presta, você só precisa das janelas de conversa certas, das pessoas certas. Pode ser um casal "União", um encalhado indiferente ou um encalhado desesperado, faça um favor para todos aqueles que usam o Facebook, a ideia é colocar seu rosto lá, não a cabeça inteira...

-Carol Canelas

 
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