domingo, 21 de outubro de 2012

Homo Sapiens e o mundo da ignorância.

"O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele. Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido. (...) Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco." - Estas palavras foram ditas pelo bispo Edir Macedo para a seção de comportamento do site da Igreja Universal, em um artigo cujo tema era "Relacionamentos e as diferenças". 

   O mundo em que vivemos. Um lugar lindo onde o caráter é definido pela cor, e a inteligência é definida pela posição religiosa dos seres que aqui residem. Aqui, os ricos têm mais direitos, professores não possuem importância alguma e jogadores de futebol merecem ganhar tanto quanto os médicos, que salvam vidas o tempo inteiro. Aqui, um homem romântico é gay, um pintor é um fracassado e aquele que não se conformar com os métodos do estado é apenas mais um encrenqueiro. Aqui, não existe amizade entre homem e mulher sem algo mais escondido, não existe amor pela natureza e/ou animais, e não existe opinião própria e, sobretudo, não existe sinceridade sem um jogo de interesses.
   Podemos nos mudar para a China, Inglaterra, Alemanha, ou qualquer outro lugar que lhe vier na cabeça, mas não conseguirá ficar longe do grande absurdo que chamamos de sociedade moderna. É ela quem decide o que você é, o que você vê, e o que tem o direito de sentir. Não a conhece? Procure nos comentários do facebook por aqueles ateus-modinhas discutindo com os falsos-religiosos. Ambos se encontram como grandes representantes deste gigantesco grupo que domina o mundo atual.
   E assim se passam os dias. Pagãos cultuam o demônio, roqueiros vão para o inferno e Justin Bieber é a nova sensação do momento. Não gosta de Justin Bieber? Segundo o enorme livro de regras da sociedade, isto quer dizer que você sente extrema inveja do mesmo e que, certamente, nunca atrairá um número tão grande de fãs e por isso o odeia. (Isso por que eu ainda não falei sobre o Neymar, mas deixemos o mesmo de lado).
   Há alguns meses comecei a escrever este post, mas por alguns motivos eu nunca o terminava. Havia me esquecido de sua existência, até que eu leio em uma página do Facebook chamada "Direitos dos Animais", as falas de um certo padre que, sem hesitar, mostrou sua ideia surpreendentemente inteligente para o resto do mundo dizendo o seguinte:
"Qualquer cão, por mais engraçadinho que seja, será sempre inferior à pessoa humana, simplesmente porque o ser humano é feito a imagem e semelhança de Deus. Jesus veio ao mundo não por causa de um cachorro, por melhor que esse cachorro seja, mas sim por causa do ser humano, por pior que este ser humano seja" - Disse Padre Gil Heleno, completando seu texto com a seguinte frase. - "Então, vamos combinar: bicho é bicho e gente é gente!"
   Não posso expressar em palavras o tamanho do luto que eu sinto pela morte da consciência alheia. Peguem suas armas, pois os animais não são tão importantes quanto nós, logo, matá-los não fará diferença alguma. Ou será que a não existência deles desencadearia um desequilíbrio catastrófico na natureza? 
   Sem querer entrar no quesito da religião, mas já entrando, o que se passa na cabeça de uma pessoa que acha que Deus dá preferência aos seres humanos? O que se passa na cabeça de alguém que segue às riscas as regras deturpadas de um livro que, muito provavelmente, foi alterado ao longo dos séculos? ( E com isso eu não quero dizer que Deus não exista, mas sim que talvez o que chegue às nossas mãos não seja realmente aquilo que ele quis nos ensinar).
   Talvez o erro tenha ocorrido em algum momento na evolução. Talvez algum dia, enquanto os anfíbios dominavam o ambiente terrestre, um gigantesco ovni tenha rodeado o planeta liberando um "gás idiótico" por onde passava. É claro que nem todos foram atingidos - e são esses poucos sobreviventes mentais que me fazem acreditar no futuro da humanidade -, mas foi o suficiente para colocar a inteligência do planeta em sério perigo.
   Agora, sou eu a fazer a pergunta: Teremos, com tanta hipocrisia rodeando nossas ruas, um futuro digno? Aliás, o que seria um futuro digno para os homens, consideramos o que já vemos nos dias de hoje? Este planeta tem alguma esperança? 

- Jorge Castro
   
   

domingo, 12 de agosto de 2012

Qual é a nossa cara?

    Acabaram as Olimpíadas de Londres, e o que se pode dizer desse evento? Londres não teve só jogos olímpicos, a olimpíada que realizou ultrapassou completamente o quesito esporte e atingiu o quesito show.  Quem viu a abertura e o encerramento dos jogos sabe exatamente do que estou falando. Agora fica a missão para o comitê brasileiro, dá pra fazer melhor?
    Londres foi além do esperado em uma olimpíada, teve estádios de tirar o fôlego, Wembley, por exemplo; teve finais eletrizantes, Brasil e Rússia no vôlei; e acima de tudo, teve abertura e encerramento que não pouparam gigantes. Inglaterra tem estrutura para desenvolver um evento do porte das olimpíadas, isso não é novidade pra ninguém. A nação inglesa tem cultura musical e literária que ultrapassa gerações, também não é novidade. Mas agora, unir tudo isso em uma abertura que foi de Paul McCartney até Harry Potter, isso sim é novidade. A cidade sede era Londres, mas a abertura e o encerramento englobaram a historia inglesa. Fomos de Mr. Bean até o holograma de John Lennon, passando a junção improvável de Brian May  e Jessie J., a rainha pulando de helicóptero com James Bond, o holograma de Freedie Mercury e fechando com o The Who. E como disse a repórter da Record... a missão brasileira agora é fazer melhor. Será que dá?
    Londres usou sua cultura para fazer um espetáculo único, e o Brasil? O que tem para apresentar? A cidade sede é o Rio, mas a historia a ser contada deveria ser a do país. Qual a cultura brasileira que temos para abrir as olimpíadas? Samba? Calçada de Ipanema? Então agora o Brasil se resume a garis sambando e garotas seminuas?  Deixamos toda a cultura que fez diferença se apagar aos poucos, o samba é sim parte importante da cultura brasileira, mas não é a única parte. Muitos de nos crescem sem tomar conhecimento de movimentos como a tropicália, crescem sem saber que os brasileiros do passado fizeram uma passeata a favor da guitarra elétrica.  Nossa cultura vai além de bundas e batuques.
     Não podemos caracterizar e dizer que o samba é a música do país. A bossa nova, tropicália e muitos outros ritmos estão por ai, e fazem mais fãs a cada dia. O Brasil não tem UMA música que o defina, o Brasil tem AS músicas que o definem. Aonde eu quero chegar é que somos todos focados a um tipo de cultura que entendemos como sendo a brasileira, mas somos diferentes dos ingleses, o Brasil é um país eclético, não tem uma cultura que o defina. Cada parte do Brasil tem a sua música, a sua literatura e o seu jeito de ser.  O Brasil é tachado de país do samba, futebol e praia. Pergunte aos moradores de Olinda se eles preferem sambar ou dançar frevo. Pergunte as meninas da seleção de vôlei se elas moram no país do futebol. Pergunte aos curitibanos se eles vão muito à praia.
      Eu tenho uma pequena ideia do que será o nosso espetáculo de abertura das olimpíadas. Imagine um palco completamente escuro. De repente, bem no centro, uma luz se acende, todos os olhos se voltam para essa direção, e lá no meio, cercada de crianças esta a Xuxa... Ela recita algum poema de algum nome da literatura brasileira. Depois uma música começa e as crianças saem correndo numa alegria sem fim, fazendo algum tipo de coreografia. Um tempo depois, a Xuxa sai e alguns dos grandes repórteres da TV Globo aparecem e falam um pouco sobre o evento, sobre como é importante a integração entre o países, e como ninguém vai ser assaltado durante a sua estadia aqui. Um pouco mais a frente, Roberto Carlos vai cantar seus sucessos de 40 anos atrás, Ivete Sangalo vai cantar também (já que ela foi para o Rock in Rio, olimpíadas não é um grande passo não é?). Aposto que sobre até um espacinho pra Regina Casé falar de como o povão do Brasil é maravilhoso. Pelé vai aparecer por lá também, Michel Teló, Claudia Leite... E é claro, o ponto alto da noite, uma homenagem as escolas de samba do Brasil com direito a desfile e cantoria de meia hora. Se Jota Quest e Capital inicial forem chamados eu já considero demais. Sem esquecer toda a tecnologia que se espera que o Brasil use não é? Vão trazer um holograma de quem? Será que se lembram de Renato Russo?Cazuza?  Vão atirar o Didi de um canhão igual Londres fez com aquele comediante?
   Sinceramente, eu já estou preparada para ver as mesmas caras que eu vejo na TV Globo todos os dias para se apresentar na abertura das nossas olimpíadas. Já aceitei o fato de ver as mesmas atrações musicas que passam no Criança Esperança. Já é de se esperar que nomes grandes do Brasil sejam jogados de lado, como Rita Lee, por exemplo. O que nos resta é esperar o “espetáculo” do Brasil, vamos esperar pra ver o que é a nossa cultura, ou melhor, o que a mídia considera ser a nossa cultura. Vamos apenas torcer para que não façamos papel de bobos na frente do mundo inteiro. Para que não pareçamos um bando de sambistas seminus que mal conhecem sua própria historia. Mas acho que antes de esperar uma boa abertura, temos que primeiro ter um lugar para realiza-la, e antes mesmo disso, temos que dar valor a nossos atletas antes de querer algum ouro deles. Se fosse possível responder a pergunta de Cazuza e dar uma cara ao Brasil, eu diria que é o tipo de país que só tenta correr atrás do prejuízo depois que a bola de neve já cresceu demais.

-Carol Canelas 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Verdades Absolutas

imagem por Michael Berry


     Suas opiniões, suas ideias, você. É o que te define, é o que te faz ser humano pensante. Análises, debates, trocas de argumentos. A síntese de tudo isso, é você. Mas pra continuar sendo você por inteiro, outros seres humanos, pensantes ou não, precisam aprender que a Verdade, é um conceito relativo. E que certo e errado são ditados pela nossa Sociedade, pela nossa cultura. E culturas existem aos montes. Todas diferentes, com valores e crenças que não são iguais às outras.
     E por acaso, essas culturas, que diferem da sua, estão erradas? Se você acha que sim, me diga, por que elas estão erradas? E se elas estão, o que faz da sua, ser certa? Com tantas religiões espalhadas por aí, afirmando que a salvação só é obtida atraves delas, que são as únicas corretas, você já parou para pensar no que é a verdade? No que é possível? No que leva cada pessoa a crer em algo? Se há tanta gente vivendo sob circustâncias diferentes, sob verdades diferentes, não é normal pensar que toda verdade é relativa? Seja na religião, na criação dos filhos, no modo de agir perante os outros. Mas se toda verdade é relativa, o que determina o que somos e o que fazemos de certo e errado?
     O ser humano precisa de valores. Precisa crêr em algo, que o faça agir da forma que haja. Precisa determinar o certo, precisa limitar suas ações de acordo com o que acredita. O problema todo começa quando essa crença se torna, na mente de seus adeptos, forte demais, superior demais. E começa a ser tratada como a verdade absoluta que nos traz tantos problemas. Quando alguém acha que está plenamente certo, e que todos os outros estão errados, esse alguém irá tentar convencer todos de que eles estão vivendo no erro, de que não devem seguir isso, não devem acreditar no que acreditam, de que não podem ser assim porque não é bom, de acordo com essa "verdade". E então, a tão amada liberdade, de pensar, de se expressar, de Ser, fica ali, oprimida, presa à conceitos relativos.
     Parar para refletir não mata. Analisar o mundo e seus componentes, respeitar opiniões alheias, não faz mal a ninguém. Se você tem sua forma de encarar a vida, sua maneira de pensar, é sua obrigação perceber que o que você acredita não é válido pra todos. Que há casos e casos, que cada um vive de acordo com o que adquiriu ao longo dos anos, com o que foi aprendido a partir de observações, de vivências e também de tradições.
     O respeito é necessário para que a paz entre seres humanos exista. A reflexão é necessária para que haja um conflito dentro de si mesmo, trazendo, desse conflito, novas formas de pensar, novas ideias, novas percepções. Nossa história é vasta, nossa filosofia, ampla, nossa forma de viver, questionável. E verdades absolutas não existem. O que existe, é a verdade de cada um. Que deve ser tratada com o respeito que merece, mesmo que seja completamente diferente da sua.


                                                                                         Ana Karolina Novaes

sábado, 7 de julho de 2012

Missão: Daryl para Atlanta!

   Planejando criar para o ano que vem um novo jogo do The Walking Dead em parceria com a desenvolvedora Terminal Reality, a Activision (produtora também de Call of Duty) aposta tudo em cima de Daryl e Merle Dixon, ambos personagens do famoso seriado de zumbis. 
   Segundo a Activision, a história girará em torno de todo o caminho percorrido pelos irmão antes de eles chegarem a Atlanta. Dentre as opções dadas ao jogador, uma delas será optar entre lutar ou se esconder, o que pode deixar o jogo ainda mais realista.
   "Nenhum lugar é realmente seguro para Daryl, durante sua viagem até a área rural de Georgia neste recém mundo pós-apocalíptico. " - Descreve a Activision. - "Uma assustadora e implacável missão, cujo objetivo é chegar na supostamente segura cidade de Atlanta."
   Como já esperado de um jogo deste tamanho, a realidade estará também com presença marcante no jogo. Os jogadores terão de sobreviver com pouca comida e munição limitada durante a sua jornada. Ao longo do caminho ainda poderão ser encontrados outros sobreviventes, alguns úteis à história e outros que simplesmente vieram para ameaçar a sobrevivência dos irmãos, e será responsabilidade do jogador escolher quais deles poderão ficar do seu lado na história e quais deles são simplesmente descartáveis. 
   Abaixo, um vídeo divulgado junto com a notícia. Aqui, você pode encontrar o site oficial do jogo para mais informações. 


domingo, 17 de junho de 2012

Facebook de Rosto e Tudo

  Semana passada foi dia dos namorados, e é nesse dia em que os encalhados desesperados, os encalhados indiferentes e os casais "União", dignos de causar diabetes em qualquer um, aparecem nas suas redes sociais. Não só nas redes sociais, fazem questão de olhar para você no colégio e soltar aquela ilustre frase (que eu perdi a conta de quantas vezes ouvi na semana passada) "não passo o dia da árvore com uma árvore, não passo o dia de finados com um defunto, não preciso de namorado(a) no dia dos namorados" Sim, e você não precisa querer aparecer por isso.
   Aonde eu quero chegar com a critica ao dia dos namorados? Ao fato de que as redes sociais, a tecnologia, esses meios de comunicação simples e rápidos fizeram com que as pessoas digitalizassem o sofrimento. A começar por aquela velha choradeira de menina "preciso de um namorado", passando por "ele terminou comigo" e chegando a níveis extremos como "vou me matar hoje". As pessoas sofrem, é natural, mas digitalizar seu sofrimento dá a impressão de que se esta buscando seus 5 minutos de fama. Ou, o que ocorre a maioria das vezes, que a intenção é de que o responsável pelo sofrimento causado veja. Afinal de contas, do que vale ficar chateado com alguém se a pessoa não sabe? Sou a favor de mandar uma nova descrição para o Facebook ao nosso amigo Mark Zuckerberg "O Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus amigos e àqueles para quais querem mandar indiretas mas não o fazem ao vivo".
    Eu entro no Facebook e tudo o que vejo são mudanças de status sobre depressão, frases de Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu, posts de "Boa noite Face ;*"...(será que o dito cujo já pensou em dar boa noite aos pais ao invés de fazer isso com 200 pessoas com as quais ele nem fala?). As pessoas confundem liberdade de expressão com informação em massa, opinião com hipocrisia (na verdade, todo mundo é hipócrita), tristeza com depressão, (depressão ta tão comum ultimamente). Certas coisas tem que ser distinguidas.
   Atualmente todo mundo corre atrás de um pouquinho de atenção, com as redes sociais ficou fácil. Mas ao que me parece, a grande maioria dos carentes de atenção são crianças ainda. Me corrija se eu estiver errada, você provavelmente tem algum amigo mais novo no Facebook, algo do tipo...12 anos. E esse amigo posta coisas sobre como a vida é difícil, como relacionamentos são complicados, sobre como ele desistiu de correr atras... Caro leitor, respire, conte até 10, largue a arma...A CRIATURA TEM 12 ANOS!!! Com 12 anos eu jogava futebol, brincava de boneca, a vida era difícil quando eu perdia o Yoshi no Mario World, meu relacionamento complicado era com a internet banda larga e eu desistia de correr atras do meu cachorro.
   Mas pelo fato de serem crianças, é provável que daqui a alguns anos eles lembrem disso e fiquem com vergonha de si mesmos. O pior são as pessoas mais velhas que não enxergam o quanto a foto sem camisa na frente do espelho (no caso dos meninos), as frases de superação e depressão, as indiretas que são quase chineladas e as fotos com poses e biquinhos (no caso das meninas -que postam com o intuito de ter comentários do tipo "tá linds miga ;D"-) serem motivo de risos para aqueles mais discretos.
   O fato é, a dor é de cada um, o sofrimento é de cada um, mas se você quer ser levado a sério tenha um pouco de bom senso e saiba como sofrer. Seus amigos não precisam da internet para saberem que algo esta errado, no geral um telefonema basta. Ninguém precisa gritar pro mundo que não tem um namorado, que terminou ontem ou que a vida não presta, você só precisa das janelas de conversa certas, das pessoas certas. Pode ser um casal "União", um encalhado indiferente ou um encalhado desesperado, faça um favor para todos aqueles que usam o Facebook, a ideia é colocar seu rosto lá, não a cabeça inteira...

-Carol Canelas

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Vampiros, as novas mariposas!

   Em uma época não tão distante, quando o sino batia à meia-noite e as crianças corriam para suas confortáveis casas para se aconchegarem nos braços quentes de suas mães - que por sua vez pareciam desesperadas pelo simples fato de os filhos terem chegado um pouco mais tarde que o de costume -, novas sombras se misturavam à escuridão do inverno.
   Com sua sede insaciável e o desejo perturbador de conseguir outra vítima, as temidas criaturas da noite percorriam as ruas gélidas da cidade em busca de um pescador distraído ou um bancário qualquer que tivesse esquecido as chaves de casa em seu emprego.
   Eu me lembro daquela noite. Havia passado um pouco das três, e eu havia feito uma operação de última hora em um paciente idoso que mal conseguia respirar. Não consigo imaginar o que teria acontecido a ele caso eu não tivesse chegado a tempo...
   - Della. - Alguém sussurrou, fazendo meus pelos eriçarem instantaneamente. De repente senti todo o meu sangue acelerando seu passeio corporal, o que causou-me certo desconforto inicialmente. - Quem diria que eu voltaria a te ver...
   - Fredward... - Respondi, embora minha voz tenha se quebrado em algum momento no caminho, transformando minha pronuncia em um breve gemido. E lá estava ele, bem na minha frente... Outra vez. - O que... O que quer comigo?
   - Della... - Voltou a dizer, e percebi que algo me aconselhava a ir embora o mais rápido o possível. O problema era: Se eu tentasse correr, despertaria o instinto caçador do maldito. - Não vale a pena viver em um mundo no qual você não existe...
   - Já escapei uma vez, Fredward, posso te enga... espere, o que disse?
   - Não vale a pena viver em um mundo no qual...
   - Eu escutei! - Interrompi-o. - Que tipo de brincadeira é essa? Você me para no meio da madrugada, eu estando morta de cansada e tendo que acordar às sete da manhã, para dizer que... Escuta aqui, vai se ferrar, tenho mais o que fazer, projeto de sininho!
 
Destroem-se lendas - Capítulo um: O louco sanguinário!


   - Espere, Della Twann, eu preciso de você! - Gritou. - Foi a única, em séculos, que foi capaz de despertar tal força em meu peito...
   - Azar o seu! - Retruquei. - Não trabalho doze horas por dia, mais os honorários, para sustentar um defunto que não respeita nem mesmo a própria existência! Procure uma stripper, sei lá, vire marginal, dê seu próprio jeito! Eu estou indo embora, adeus!

                                   Fim do livro Melúsculo, vendido nas "melhores" livrarias!
    Acima podemos observar um jovem vampiro lutando para sobreviver aos problemas de qualquer adolescente. Della Twann, uma garota extremamente anti-social e reservada - a personagem principal do livro - se vê perdida entre uma vida normal e uma vida ao lado de um zumbi sentimental que têm uma sede de beijos maior do que o instinto de querer sangue.
   Fredward sofre de uma grave doença, ainda não identificada pela ciência e pela religião, onde um vampiro se perde nos próprios pensamentos e passa a acreditar que é um humano assim como qualquer outro. Porém, estes novos doentes parecem satisfazer a sociedade na qual vivemos, o que deixa os verdadeiros fãs dos sangue-sugas com uma ira tremenda. Abaixo, iremos comparar os novos vampiros com a lenda verdadeira destes monstros, usando como critério as características de um vampiro de verdade. Daremos notas à cada um deles, que serão estas: vampiros, morcegos, e mariposas.
   Começaremos com o vampiro mais famoso da década, Edward Cullen, da saga Twilight, já que o mesmo é o que mais fere a imagem dos vampiros (e quanto a isto não se pode discutir.), com seu modo único de viver e amar ao próximo.

Vampiro:                                                                  Edward:

  • Não possui sombra                                         Possui sombra
  • Não possui reflexo                                          Possui reflexo
  • Teme o Sol, queima                                       Não teme o sol, brilha
  • Bebe sangue humano                                     Evita sangue humano
  • Possui forma animal                                       Não pode se transformar
   Além de o "assassino" viver em uma casa totalmente aberta no meio da floresta, ele ainda "parece diamante" quando entra em contato com a luz do Sol, explicando o fato de os vampiros saírem apenas durante a noite. E não vamos esquecer dos conselhos que o mesmo gosta de dar à sua humana, Bella, deixando bem claro que os vampiros podem ser ótimos psicólogos. Nota: Mariposa, e por que eu estou de bom humor, caso contrário ele seria uma borboleta. Outros que ganhariam essa nota: Todos os "vampiros" dessa saga.

   O segundo a ser analisado será Stefan Salvatore, um dos irmãos da série de livros/TV "The Vampire diaries", que se passa em uma cidade fria e pequena chamada Fell's Church (Mystic Fall's, no caso da TV.), onde a jovem Elena Gilbert vive, tendo de enfrentar a morte recente dos pais e uma mudança de vida completa.

   Stefan passa toda a sua longa vida sendo atormentado pelo irmão, Damon (falaremos sobre ele), que não consegue o deixar em paz desde que a mulher que os transformou se foi. Sem mais delongas, vamos analisá-lo:
  • Não possui sombra                                        Possui sombra
  • Não possui reflexo                                          Possui reflexo
  • Teme o Sol, queima                                        - Teme o sol
  • Bebe sangue humano                                      - Evita, mas bebe quando necessário
  • Possui forma animal                                        - Possui forma animal (livro)
   Eu poderia dar a nota "vampiro" para este, visto que além dos itens conferidos acima, ele passa boa parte da terceira temporada (na TV) se alimentando exclusivamente de humanos e sendo o parceiro do vilão principal da história, e de ter explicado ao Matt no segundo livro que se ele não tinha pena da vaca quando comia o bife, os vampiros também não deveriam ter pena dos mortais. Mas Stefan ainda tem muito a aprender. Quando deixar de tentar ser o politicamente correto da história, ele ganhará nota máxima. Por enquanto, Nota: Morcego. Quem mais seria um morcego? Caroline Forbes e Elijah, do mesmo seriado.

   Juntamente com seu irmão, Damon Salvatore vive na estranha cidade onde Elena, Bonnie, Matt e Caroline residem, dividindo espaços com lobisomens, bruxas, fantasmas e híbridos. A Analise:

  • Não possui sombra                                        Possui sombra
  • Não possui reflexo                                         Possui reflexo
  • Teme o Sol, queima                                        - Teme o sol
  • Bebe sangue humano                                      - Bebe sangue humano, sem hesitar
  • Possui forma animal                                        - Possui forma animal (livro)
   Damon se alimenta de humanos, sem pena, mesmo quando apaixonado por Elena. Diferentemente de Stefan, que prioriza seu lado humano, este valoriza o lado estratégico e calculista que um vampiro deve ter. Chega a matar sua própria amiga, Lexi Branson, na primeira temporada na frente de policiais da cidade para ganhar a confiança dos mesmos (visto que os mesmos eram, também, um grupo contra vampiros). Considerando isto e outras características do segundo irmão Salvatore, Nota: Vampiro, por mais que ele  falhe vez ou outra. Existem outros no seriado que obviamente mereceriam esta nota, como Niklaus ou Rebbekah, mas seria apelação demais.

   Como último analise falaremos sobre Jerry, o estranho vizinho do filme "A hora do espanto" (versão de 2011).

   Jerry é mais diferente do que seu vizinho Charlie pudesse imaginar. Sempre reservado e observador, este esconde um grande segredo. Quando se trata de um filme, algum comentário qualquer poderia se transformar em um grande spoiler, então vamos logo analisá-lo:

  • Não possui sombra                                        Possui sombra
  • Não possui reflexo                                          - Não possui reflexo
  • Teme o Sol, queima                                        - Teme o sol
  • Bebe sangue humano                                      - Bebe sangue humano
  • Possui forma animal                                        Não possui forma animal

   Apenas vendo o filme é que se consegue entender por que o Jerry, com sua estratégia solitária e sedutora, merece a Nota:Vampiro mais do que qualquer outro aqui, passando a frente de todos os vampiros de Crepúsculo, The Vampire Diaries, True Blood ( que também possuem vampiros e morcegos.) e qualquer outra história de vampiros da atualidade.
   Não se sabe de onde vieram as mariposas que vemos hoje em dia. Sua história é confusa, seu passado fantasioso e seus sentimentos não passam de um bom punhado de purpurina prateada. Já o morcego podemos dizer que são humanos recentemente transformados, que possuem problemas para aceitar que estão mortos e ainda guardam vestígios de sua vida mortal. E os vampiros, estes nem preciso dizer, é melhor não se aproximar deles.
   Vamos torcer para que a fábrica de vampiros e morcegos não seja destruída pela ONG protetora das mariposas no qual a sociedade têm se tornado. Vamos ver no que dá, afinal...

- Jorge Castro.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Resident Evil 5 ganha novo trailer!

   Milla Jojovich, por meio de um webchat, divulgou o segundo trailer do novo título da série Resident Evil. Ao contrário do primeiro, que mostrava apenas alguns segundos do filme, este trailer nos mostra de forma mais clara como será o episódio e que personagens estarão presentes nele.
   Ainda no webchat, Milla falou sobre o sexto e último filme da saga. "A série vai acabar, não é maquina de filmes, mas é algo orgânico e quando tivermos a inspiração saberemos se vamos ter um filme ou não. Não posso falar quando RE 6 chega por que nunca sabemos, já que não gostamos de pensar 'precisamos lançar mais um' ". - Diz. - "Eu tenho uma ideia para o sexto e sei como gostaria que acabasse, mas Paul ainda não me falou o que vai fazer. Mas se vocês gostarem do cinco, sei que o seis será ótimo!".
   Jojovich não estará sozinha. Ao seu lado estarão Michelle Rodriguez, Spencer Locke, Colin Salmon e Sienna Guillory, ambos lutando para sobreviver ao letal vírus da umbrella, o T-Vírus. No trailer, ainda podemos notar a presença de Ada Wong, sendo interpretada por Li Bingbing, uma das personagens da série de jogos.
   O filme está previsto para chegar aos cinemas brasileiros no dia 14 de Setembro deste ano. Abaixo, o novo trailer divulgado por Milla no webchat:


- Jorge Castro. 

sábado, 9 de junho de 2012

Música Boa, Eu Vou Te Esperar

   Era uma vez, em um universo distante a existência de uma coisa chamada música. A música era um conjunto de coisas, voz, melodia, harmonia, instrumentos e letra. Estava escrito que esses 5 ingredientes teriam de estar presentes em todas as músicas, e a mistura de todos nas exatas proporções faria uma música ser realmente perfeita. Esse conceito foi criado a muito tempo atrás, e naquela época os criadores desse conceito esperavam que ele pudesse ser passado de geração em geração, sempre mudando, mudando para melhor...Eis que nos surgem...Happy rock e sertanejo universitário...Mas falemos deles depois, vamos voltar ao tempo onde os conceitos de música foram criados...
   Estamos em 17 de Julho de 1954, Memphis, Tennessee. Anos 50, um pequeno palco em um pub pouco conhecido, é lá que Elvis Aaron Presley se apresenta pela primeira vez. Elvis se tornou famoso com sucessos dançantes como "Hound Dog", "Heartbreak Hotel”, "Jailhouse Rock", entre outros. Uma boa parte de seus sucessos já existia, sendo assim, pode-se dizer que Elvis teve uma grande ajuda de covers, muitos deles de cantores negros de blues (o que dá a ideia de que Elvis foi o primeiro cantor de blues branco), R&B e country. Porém, mesmo que fazendo covers, Elvis dava uma cara totalmente nova a cada música que cantasse. Sua voz (ingrediente 1) arrastada e sedutora era capaz de prender ouvintes por horas a fio. Ao pegar uma música Elvis dava a ela um ritmo agressivo e dançante, um blues acelerado que ainda assim, conseguia manter harmonia entre todos os instrumentos (ingredientes 2, 3 e 4). E por fim, suas letras eram algo considerado comum na época, amores que viriam, amores que se foram, letras que emocionavam as pessoas, letras cantadas com sentimento (ingrediente 5). Foi dessa mistura agressiva e dançante de blues, country e R&B que os estilos musicais que conhecemos hoje nasceram.
    Avançando mais um pouco, chegamos aos conturbados anos 60. Início da guerra do Vietnã, Martin Luther King é assassinado, o homem chega a Lua... E em um pub calmo e tranquilo de Liverpool, Brian Epstein vê aquilo que seriam os Beatles tocando pela primeira vez. Os Beatles fecham contrato com a gravadora EMI e o compacto que lançaram um pouco depois ("Love Me Do") alcançou nada menos nada mais do que o primeiro lugar na lista da Mersey Beat (revista da época) e primeiro lugar na lista de mais vendidos da Billboard. Conforme os anos 60 iam acabando as músicas dos Beatles iam evoluindo, as vozes e as letras de John e Paul tornavam-se cada vez melhores, evoluíam de dramas da vida amorosa adolescente para letras que criticavam o governo e influenciavam o povo a ir contra a guerra. George procurava sempre novas formas de incrementar seus solos e começou a buscar ideias na música indiana, sendo assim o primeiro a utilizar-se de uma cítara em sua música. As vozes de John, Paul e George sempre foram harmoniosas por natureza, ouça "Twist And Shout", por exemplo. Os anos 60 foram realmente muito ricos em questão musical, os Beatles ganham um destaque especial por terem, na opinião de muitos, mudado a música, levado multidões ao delírio e atingido diversas idades, além de continuarem “vivos” até hoje. Os Stones e sua reputação de bad boys, Bob Dylan e seu blues de protesto, The Who e seu hábito de quebrar instrumentos após os shows, o Festival de Música Woodstock e seus ideais de rock, paz e amor... Naquela época os jovens estavam dispostos a lutar por seus direitos, e era exatamente essa a influencia que a música lhes dava, não se muda nada sentado no sofá, mas não precisamos de guerra para resolver os problemas.
      Nos anos 70 surgem diferentes estilos musicais, Rock Progressivo, com bandas como Pink Floyd, Hard Rock, com Led Zeppelin, por exemplo, o Glam Rock com David Bowie. Durante os anos 70 tudo acabava e começava em música, as grandes bandas estavam em seu ápice e o público as idolatrava cada vez mais. Foi nos anos 70 que surgiram as discotecas e Disco Music, que teve maior popularidade nos anos 80. Houve também o Punk Rock, o tipo de música rápida, com poucos acordes e letras diretamente ofensivas aos governos. Nesse quesito os Sex Pistols chamaram mais a atenção no cenário underground da época. A música pop começa a criar uma nova cara, Michael Jackson aparece no cenário musical e rapidamente se transforma no Rei Do Pop. O ritmo começa a ser realmente importante na música pop, as pessoas querem dançar. Mas ainda assim em cada um desses gêneros a presença desses 5 ingredientes eram facilmente percebida. Os gritos arrastados de Steven Tyler, as melodias psicodélicas do Pink Floyd, os riffs de guitarra de Jimmy Page...
    Nos anos 80 começa a surgir o Heavy Metal e as bandas dos anos anteriores tendem apenas a crescer, os solos de guitarra tornam-se cada vez mais importantes e nasce uma enorme quantidade de músicas consideradas perfeitas por possuírem aqueles 5 ingredientes na medida certa. No Brasil acontece o primeiro Rock in Rio e surgem bandas como Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii e Titãs, parecia a década perfeita. Temos de admitir que toda aquela vontade de revolução da era Hippie tinha se dissipado um pouco, mas ainda assim a juventude se indignava e vez ou outra armava passeatas e greves.
     Dos anos 90 até os dias de hoje, não houve muitas mudanças, sim, muitas bandas antigas cresceram ainda mais e ainda nos dias de hoje lotam estádios, mas muitas esqueceram os conceitos de música, e muitas nasceram sem nem ao menos ter conhecimento deles. O pop virou um estilo no qual tudo que precisamos é uma bateria eletrônica, uma garota bonita (não precisa nem saber cantar, playback ta ai pra isso), alguns dançarinos, letras fúteis e repetitivas, e se houver uma guitarra, fique feliz, é o máximo que você verá. Ah, e se não houver garotas disponíveis serve um garoto que tenha a voz de uma. Não quero generalizar, mas o cenário pop de hoje esta transbordando de gente assim.
      Ao longo de gerações a música influencia nosso jeito de agir, nosso jeito de pensar e de ver o mundo a nossa volta. Mas isso nos leva a refletir, do jeito que as coisas estão, quando chegamos as nossas escolas, sentamos em nossas carteiras e olhamos para o lado, estamos rodeados de “Garotas Radicais”? O que importa agora é dar uma fugidinha? O que leva uma sociedade a mudar completamente o conceito de uma “Pretty Woman” para uma “Sexy Bitch”?
      A música precisa sim ser vendida, o mercado tem de funcionar, a música tem de ser levemente comercial, mas as gravadoras vendem o que elas acham que o público vai engolir. Isso quer dizer que viramos uma sociedade que engole tchetcherêrê com o Gustavo Lima? Não que apenas o Brasil passe por esse momento deprimente da música, mas estamos em estado de alerta, ou deveríamos estar. O que houve com a paz e amor que nos influenciava que queríamos? Agora queremos tchu e tchá. Meu último pensamento, é que no nível em que as coisas estão, na criatividade das músicas, no que defendem, na sensibilidade que possuem e no exemplo que dão... assim vocês me matam.
Carolina Canelas  

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Rio+20

   Os cariocas ganharam um feriado do dia 13 a 22 de Junho desse ano, tudo isso graças a Rio +20. O intuito da declaração de feriado pelo governo, é mascarar o trânsito lamentável e a falta de estrutura para promover esse tipo de evento. Cria-se então um feriado, esperando que os moradores fiquem em suas casas ou viagem, fazendo assim com que o movimento pelo lugar fique mais fácil. Não que seja justificável, caso houvesse melhores condições na cidade o feriado não seria necessário. O que esperam fazer quando chegarem as Olimpíadas ? Outro feriado ?
   A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) esta sendo realizada 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (ECO-92), por isso o nome. A ideia da Rio +20 assemelha-se a ECO-92, definir metas a serem alcançadas pelos países participantes para que tenham uma política mais preocupada com o meio ambiente, ao mesmo tempo que evoluam tecnologicamente.
   A principio a Rio +20 tem dois temas principais. São eles, a estrutura das empresas para o desenvolvimento sustentável, e a economia verde no desenvolvimento sustentável e na erradicação da pobreza, afinal, não adianta que uma empresa alie-se ao desenvolvimento sustentável vendo que, o preço fica elevado na produção, o que faz com que o preço de venda suba. E levando em conta que uma boa parte da população não tem capital suficiente para aderir a esses produtos sustentáveis, a empresa acaba desistindo. A ideia da Rio +20 é mostrar para essas empresas que é possível aderir ao desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo atingir a maior parte da população com seus produtos. Não apenas isso, mas outra ideia da Rio +20 é utilizar toda essa economia verde para o combate da pobreza, o que seria algo muito útil diga-se de passagem.
   A Rio +20 nada mais é do que a continuação da ECO-92 e da Conferência de Johanesburgo (feita em 2002). Ambas querem melhoras os problemas mundiais, como fome, desmatamento, pobreza... Porém, tanto a ECO-92 como a Conferência de Joahnesburgo não conseguiram alcançar suas metas. E por outro lado, cada uma dessas conferências não teria razão se o homem tivesse conseguido colocar desesnvolvimento tecnológico e meio ambiente em uma balança. As desigualdades sociais, guerras raciais, fome, destruição do meio ambiente...Como diria Nando Reis "Homem primata, capitalista e selvagem (...) eu não sabia que o homem criava e também destruía ". O fato em questão é que não importa quantas conferências sejam feitas, nada vai mudar a menos cada governante de cada superpotência ou de cada país subdesenvolvido aceite finalmente fazer algo não só pelo planeta, mas por si mesmo.

- Carolina Canelas

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Rick Riordan, o novo nórdico!

   Em uma entrevista por email para O GLOBO, o autor das incríveis séries Percy Jackson e os Olimpianos, Os heróis do Olimpo e As cronicas dos Kane, revela sobre seus novos planos. Assim como muitos já suspeitavam, Rick Riordan finalmente abriu seus olhos para a mitologia nórdica, fazendo muitos de seus fãs pularem de alegria.
"Mitologia é um tema profundo. É como a Hydra. Você corta uma cabeça e duas aparecem no lugar." - Diz Rick em sua entrevista, demonstrando que não teme tornar suas histórias repetitivas. - "Minha próxima série será sobre mitologia nórdica. Quero escrever sobre o mundo de Thor, Loki e Odin desde que sou criança. Começarei a trabalhar nisso logo depois de terminar "Os heróis do Olimpo" ".

- Jorge Castro.

domingo, 3 de junho de 2012

Voltamos à era dos Zumbis!

   Ainda não vazaram muitas informações, mas aos fãs que realmente gostaram do filme Resident Evil: Degeneration, boas notícias estão para vir. Previsto para ser lançado ainda este ano segundo o site oficial, a sequência do filme promete ser maior e mais fiel que a anterior. 
   No primeiro título da saga, nos deparamos de cara com dois dos personagens mais famosos de toda a série: o policial Leon Scott Kennedy, e sua antiga companheira Claire Redfield, mais uma vez lutando para sobreviver em meio à um terrível ambiente dominado pelos mortos-vivos.
   Em Resident evil: Damnation, nosso querido amigo não nos deixa na mão. Leon continua estrelando neste filme, embora ainda não tenha sido revelada a presença de Claire ou os demais personagens do episódio anterior. 
   Segundo o diretor Makoto Kamiya, Kennedy aparecerá em um pais Leste Europeu, em meio à uma guerra e os mais variados tipos de inimigos. E o roteirista do filme também afirma que este será melhor que o anterior.
   Caso queira entrar no site americano oficial do filme, basta clicar aqui e visualizar o possível logo da nova animação. Abaixo, poderá ver o primeiro trailer já disponível. Enquanto não chegamos à data prevista (de setembro à novembro deste ano), podemos nos deliciar com os outros títulos desta gigantesca série de zumbis.


 
- Jorge Castro

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Wicca: O que é? Como é vista pelo resto do mundo?

Todos os dias ouvimos diversas afirmações vindas da igreja sobre o paganismo e a bruxaria, onde divulgam uma face completamente obscura e desumana. Mas qual a verdadeira proposta dessas pontas religiosas? A igreja realmente diz o que eles fazem? 
A seguir leremos uma entrevista com uma Wicca assumida, Ana K., que se dispôs a desfazer nossas dúvidas e explicar de uma vez por todas em que se baseia esta tão acusada religião, ainda desconhecida por muitos. 

Pergunta 1: Vocês, como insistem os cristãos, idolatram a Satã?

Resposta: Não, nós não adoramos o Diabo. Até porque o Diabo é uma criação cristã, faz parte do Cristianismo, e nós não somos cristãos. Nossa religião tem como base as crenças antigas, que vieram bem antes do Cristianismo, e a figura do Diabo não existe nessas crenças. A Antiga Religião foi deturpada pelo Cristianismo. Nossos deuses foram tachados de demônios, nossos símbolos foram considerados sujos. Por quê? Porque a Igreja precisava de poder, precisava comandar a mente e o bolso dos cidadãos. E o paganismo sempre foi livre, nunca pretendeu prender a mente de ninguém, e era, portanto, uma ameaça à Igreja. Desde então inventam desculpas para nos atribuir o título de adoradores do demônio. Dizem que nós renegamos a Bíblia, mas nós só preferimos seguir por outro lado, preferimos encarar a vida e a divindade de outro jeito. Somos pagãos, não anti-cristãos. É importante frisar que nós não odiamos o Cristianismo, apesar de tudo. Só não fazemos parte dele.

Pergunta 2: E quanto aos deuses, como vocês os vêem?

Resposta: Bem, nós consideramos a Energia Criadora de tudo como sendo masculina e feminina. Um complementando o outro, e residindo em todas as coisas. Alguns os vêem como arquétipos, ou como indivíduos distintos, ou como aspetos de um Todo, mas o que importa mesmo é que acreditamos que essas duas forças criaram tudo o que conhecemos e o que não conhecemos, que estão presentes em nossas vidas, estão ao nosso redor e dentro de nós. Vou complementar: Nós honramos essas Divindades, respeitamos. Assim como tudo que a Divindade criou. Pois acreditamos que tudo é sagrado, tudo tem essência divina, já que tudo veio da Energia da Deusa e do Deus. Por isso devemos estar sempre em harmonia com o mundo a nossa volta. Pois somos Um com ele. A Deusa geralmente é vista como a Deusa Tríplice, que tem três aspectos: Donzela, Mãe e Anciã. E o Deus, como o Deus Cornífero. Mas é importante dizer que: existem várias divindades pagãs, vários deuses, e que todos eles são aspetos da Deusa e do Deus, são aspetos dessa Energia complementar e criadora.

Pergunta 3: Sobre o pentagrama, outro símbolo detestado pela igreja, o que você tem a dizer? Qual o real significado dele?

Resposta: O Pentagrama representa os quatro elementos, mais o Espírito. Também represente o Homem em equilíbrio. Tem um poder muito grande, por isso é usada também para proteção. É um símbolo muito antigo, e que simboliza a crença pagã. Por isso a Igreja fala que é do Demônio, porque como já disse, tudo que era relacionado ao paganismo eles deturparam para que ela fosse a única correta, a única que traria a Verdade e a salvação. A quinta ponta representa o Quinto Elemento, o Espírito, o elemento criador, em harmonia com os quatro elementos, a matéria. Mas como todo símbolo, ele serve e atua conforme sua intenção. Ele também representa o Homem em harmonia com si mesmo e com a Divindade. É um símbolo muito bonito.

Pergunta 4: O que são os rituais desta religião?

Resposta: Vamos lá. Nós celebramos a Roda do Ano, que consiste em sabbats (são as celebrações dos grandes festivais, os ciclos naturais, e são 8) e os Esbats, que são celebrações mensais, onde se celebra os ciclos lunares, etc. Além de fazermos rituais para celebrar a Roda do Ano, fazemos rituais para proteção, para harmonizar ambientes, para limpar a aura, para uma infinidade de coisas. Mas vale lembrar que esses rituais não consistem em Missas Negras, ou algo do tipo. Não sacrificamos animais nem invocamos seres demoníacos. Nós entramos em contato com a Deusa, entramos em contato com planos superiores e fazemos o ritual.

Pergunta 5: Existe algum tipo de hierarquia na Wicca? Existem, digamos, cargos a serem ocupados?

Resposta: Bem, não chega a ser uma hierarquia, pois numa hierarquia, tem um certo autoritarismo. E na Wicca nós respeitamos e honramos aqueles que sabem mais que nós, aqueles que estão a mais tempo que nós nesta Vida, exatamente por isso. Porque eles nos ensinam, compartilham sua sabedoria e merecem nossa gratidão e respeito. Não com autoridade, pois não somos melhor que ninguém. Quanto aos "cargos", tem os Sacerdotes e Sacerdotisas, que alcançam esse "nível" após muito estudo, prática e dedicação.

Pergunta 6: Muito bem, para terminar, que conselho você daria àqueles que se interessassem por essa religião?

Resposta: Antes de mais nada, estudem muito. Procurem fontes confiáveis e estudem muito, muito mesmo. A Bruxaria é ampla e informação é o que não falta hoje em dia. Se informem sobre a Wicca, sobre seus ritos, sobre suas crenças, suas leis, seus mitos, sobre tudo o que conseguirem. E se depois disso, começarem a ter certeza de que é esse o caminho que querem, comecem a praticar. Comecem do mais simples, e continuem praticando e sempre estudando. A Iniciação na Wicca é algo sério, que não pode ser feito de repente, sem a plena certeza de que esse é o caminho que você deve seguir. Após estudar bastante, praticar e ter essa certeza, pode-se procurar um coven ou seguir o caminho solitário. Após ter os deuses em seu coração e de perceber a influência deles em tudo.Mas lembrem-se de que esse caminho é árduo. Os estudos são pro resto da vida, os obstáculos vão aparecer e nossa força vai ser constantemente testada, pois vivemos em um mundo cristão, e nem todos aceitam os bruxos.

- Perguntas: Jorge Castro.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Dependente mental: O mundo da tecnologia.

   E então após um estressante dia de trabalho, onde você passou boa parte das suas horas diárias realizando tarefas chatas no computador velho e amarelado da empresa em que trabalha, nada mais justo do que chegar em sua tão confortável casa e sintonizar a TV naquele canal de filmes surpreendentemente programado para te entreter por mais alguns minutos antes que o seu cérebro te obrigue a cair no sono.
   É claro que, pouco tempo depois, o seu celular touch-screen com GPS e acesso a internet começou a apitar, alertando por meio de seu visor colorido que uma reunião de última hora foi agendada e que sua presença parecia ser indispensável. Como pedido na mensagem, você pegou o seu pendrive e as chaves do carro, dirigindo de volta até a empresa, onde as portas automáticas fariam o favor de poupar o seu trabalho de girar uma maçaneta.

   Onde está o erro na narrativa acima?
   Até que ponto a tecnologia é indispensável, falando em termos populares? 

   Mais do que apenas um grande conjunto de entretenimento, as novidades lançadas pelo mercado têm se mostrado verdadeiros meios de sobrevivência na vida de milhares de pessoas. Como um grande vírus, hoje o uso de aparelhos eletrônicos como o laptop ou mesmo o celular se tornou definitivamente indispensável. 
   Assim como os novos itens usados pela medicina, a criação do Wikipédia têm salvo a vida de milhares de estudantes apressados e os demais tipos de curiosos. E nisto também podemos incluir o Google, o yahoo! e o Bing, que apresentam em seus mecanismos de pesquisa infinitas formas de conhecimento e diversão já existentes no mundo digital. 
   O problema começa quando o homem se esquece de que o mundo já existia antes da tecnologia, fazendo com que sua felicidade dependa exclusivamente da influência digital em sua vida. Quando isso acontece, as barreiras entre o que é normal e o que é cansativo começam a se desfragmentar.
   Mas, afinal, até onde podemos ir quando se trata de tecnologia?
   Infelizmente, a sociedade vêm se revelando cada vez mais alienada. Assim como hoje o acesso à internet é considerado um direto humano, amanhã pode ser que um Ipod no bolso seja visto essencial para uma vida saudável e energética. 
   Afinal, considerando todas as mudanças ocorridas até agora, podemos dizer que o mundo evoluiu bastante quando falamos em tecnologia. Em pouco tempo, dezenas de países foram interligados por nada mais, nada menos, que máquinas estranhas com a incrível habilidade de se conectar à um novo meio de comunicação, e pequenos aparelhos que pareciam fazer magia ao se comunicar com outro de "mesma espécie".
   Não sabemos ao certo como a humanidade estará daqui a cinquenta anos, mas podemos afirmar que mascotes metálicos e hologramas projetados no meio do Central Park provavelmente serão os novos xodós da garotada, da mesma forma que os mp3 e as câmeras de vídeo ganharam espaço alguns anos atrás.
   Até lá, rezemos para que os pássaros e as árvores não sejam substituídos por pedaços sem vida de plásticos coloridos, ou que os ebooks se achem tão importantes quanto os livros impressos.

- Jorge Castro

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vai com Deus, dúvida!


   Ao passar de cada dia, podemos notar que muitos dos conflitos e discussões presentes na sociedade atual se ligam não só a uma duvida, mas às diversas possibilidades que uma vida científica e uma vida religiosa podem lhe proporcionar. Com tantas afirmações, teorias e religiões, decidir entre um caminho de fé e outro de planejamentos se torna algo difícil para qualquer pessoa. 
   Aquele que procura explicações religiosas, atualmente, acaba conhecendo um universo medonho de guerras, onde ninguém tem a razão, mas ambos os lados querem estar corretos. 
   Para a maioria dos ateus, os religiosos não passam de alienados fanáticos por um grande nada, que buscam em um espírito inexistente a paz e o conforto que não conseguem ter em seu dia a dia. Ou seja, um válvula de escape do cérebro para que o mundo não se torne aquele lugar tão deprimente que aparenta ser. Já para alguns religiosos, os descrentes têm medo de acreditar que suas ações estariam sempre sendo julgadas por alguém mais poderoso que eles e qualquer um que venham a conhecer.
   Não fosse o suficiente, o indivíduo buscador de respostas ainda teria de enfrentar uma nova linha de combate após passar pelo clássico "crente versus ateu", e isso viria a ser resultado do modo como os cristãos veem o mundo de acordo com a bíblia. 
   Agora é que realmente veríamos um doloroso jogo mental, onde teríamos um ser-humano perdido entre a palavra bíblica e a interpretação da mesma. Por exemplo, seguir o espiritismo seria um pecado ou não, visto que o mesmo afirma um retorno à este mundo, ao contrário do que diz o livro sagrado? E a wicca? por acaso o uso de magia em nosso cotidiano estava nos planos de Deus para seus filhos?
   O fato é que ninguém nunca estará completamente certo. Enquanto os crentes passam uma vestimenta alienada aos olhos científicos, os ateus parecem gostar de provocar os religiosos o tempo todo. E, enquanto pastores e padres do mundo todo compartilham a voz do senhor, continuam desmerecendo o que não lhes convém, como se o livre-arbítrio não estivesse seguro em nossas mãos.
   Quando se trata de religião (ou a falta dela) não existem opções corretas, apenas as erradas e as absurdas, mas que sempre acabam fazendo sentido para cada um de nós no final das contas.

- Jorge Castro
   
 
   

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | Grocery Coupons